Como será que a vida surgiu no planeta Terra? Essa pergunta é cercada por questionamentos. Muitos filósofos e cientistas buscaram entender essas questões criando teorias que comprovassem a origem da vida.
Para os cientistas, a Teoria do Big Bang, do século XX, foi responsável pela criação do Universo, incluindo o Planeta Terra. No início da história da Terra, o planeta não tinha condições para o surgimento da vida, visto que o calor era intenso e ocorriam erupções vulcânicas a todo momento. Além disso, ele poderia ser atacado diretamente por corpos originados do espaço. Após muitos anos, surgiram vários elementos que poderiam ser responsáveis pela presença de vida na Terra.
Até o surgimento das teorias houve uma longa caminhada por pesquisas que realmente comprovassem a vida. Dentre elas estão: a Teoria da Criação, apoiada na crença de que os seres vivos surgiram de um ser superior; as Teoria da Abiogênese e Biogênese; a Teoria da Panspermia Cósmica, da Evolução Química ou Molecular.
Por muito tempo, a teoria da criação, apoiada pelos religiosos, era a que prevalecia. Para eles, um ser superior foi o responsável pela criação do universo e tudo o que nela há. Por isso, havia a dificuldade de novos estudos sobre a origem da vida. Além disso, no século XIV, a hipótese da geração espontânea, era uma das populares. Nela, os seres vivos surgiam a partir de cadáveres ou outros ambientes, por exemplo, as cobras nasciam dos lodos encontrados nos rios.
A Teoria da Geração Espontânea, também conhecida como Abiogênese é uma das primeiras teorias criadas para explicar a origem da vida. Aristóteles e outros pensadores e cientistas se apoiavam nela. Ela explica que os seres vivos surgiam a partir da matéria orgânica, ou seja, o lodo dos rios originava as cobras e as rãs; já as frutas davam origem aos vermes. Dentre os pesquisadores que tentaram provar esta teoria estão John T. Needham.
Entre os séculos XVII e XIX, os cientistas começaram a discordar da Abiogênese. Dentre eles estão Francesco Redi e Louis Pasteur. A partir daí, surgiu a teoria da Biogênese que comprovou que os seres vivos tinham surgido de organismos preexistentes.
Do ponto de vista científico, o planeta começou a ser formado cerca de 4,5 bilhões de anos. Vários materiais tais como gases, pó e rochas foram responsáveis por esta formação. À princípio, as condições para o surgimento de seres vivos era praticamente impossível, pois as atividades vulcânicas e o bombardeamento de outros corpos celestes acontecia com frequência.
No decorrer do século XX, novos estudos deram origem a Teoria do Big Bang ou a Grande Explosão. De acordo com o padre Georges Lemaítre e o físico russo George Gamow, no início, o universo era um grão que explodiu, sem motivo aparente, e produziu o tempo, a matéria e a energia que existe. E, como a temperatura era alta, não haviam elementos químicos no universo, sendo assim, surgiram apenas após milhares de anos, tais como o hidrogênio.
Os principais autores das teorias da evolução são Charles Darwin e Lamarck. Eles foram os responsáveis por estudar sobre as diversas alterações dos seres vivos ao longo do tempo e de acordo com o ambiente em que viviam. Darwin, escreveu o livro A Origem das Espécies, em 1859, onde adicionou seus principais estudos sobre a evolução das espécies.
Além das teorias propostas, novas surgiram, dentre elas a da Panspermia, do século XIX, na qual os seres vivos teriam surgido a partir de substâncias de outros planetas. Dentre os principais defensores estão William Thonson e Svante August Arrhenius; a Teoria da Evolução Química, onde a vida teria surgido a partir da evolução química e a da Antimatéria, que entrou em descrédito por um período, mas depois tornou a ser considerada.
É considerada uma das principais experiências sobre a origem da vida. Ela foi realizada por Stanley L. Miller e Harold C. Urey, na década de 50, para comprovar a hipótese de Oparin e Haldane - na qual a vida teria surgido a partir de elementos da atmosfera primitiva da terra combinadas a substâncias inorgânicas.
Confira com mais detalhes como essas teorias foram criadas!
Tanto a teoria do criacionismo, quanto a do evolucionismo foram criadas para explicar a origem da vida e também a evolução humana. Mas, ambas são diferentes por uma ser apoiada na fé ou nas crenças e a outra baseada em experimentos e pesquisas científicas.
A teoria do evolucionismo está apoiada essencialmente em Lamark e Darwin, mas foi estudada por diversos cientistas. Ela surgiu para explicar as alterações que as diferentes espécies de seres vivos sofreram com o passar do tempo, na sua relação com o ambiente que vivem.
Charles Darwin é um dos principais cientistas que estudou sobre a evolução dos seres vivos, publicando um livro chamado de ‘A Origem das Espécies’, de 1859. Sua obra foi criada em viagens que ele realizou em várias partes do mundo, onde verificou que dependendo do local em que estavam, espécies adquiriam características diferentes. Ele acreditava que as espécies sobreviveram devido a uma seleção natural. Sua teoria foi aprofundada por outros cientistas.
Já a criacionista, é a teoria mais antiga de todas que afirma que os seres humanos foram criados por um ser superior. Muitas culturas e religiões acreditam nessa ideia, e além disso, é uma das que mais geram discussões entre os cientistas e religiosos que confiam nela.
Os teólogos acreditam que os seres humanos vieram de um ser supremo, Deus, que criou seres humanos perfeitos e semelhantes a Ele. As espécies de animais e vegetais foram inseridas por ele e se adaptaram ao ambiente sem sofrer evoluções.
De acordo com os textos bíblicos, Deus foi o criador de todas as espécies da Terra. A teoria da criação varia de acordo com o texto sagrado ou religião/cultura a que se refere, por exemplo, na Grécia Antiga, os gregos se apoiavam na ideia de que haviam um Caos, e dele nasceram Gaia (a terra) e Eros (o amor) e depois, Ébero (trevas) e outros elementos.
A Teoria da Geração Espontânea ou Abiogênese surgiu na Antiguidade. Ela era defendida por filósofos e cientistas que acreditavam que a vida surgia a partir de matéria orgânica, ou seja, matéria não viva. Quem apostava nesta teoria, acreditava que o lodo dos rios era o responsável pelo nascimento de sapos e até cobras.
Pensadores como Aristóteles, René Descastes e Isaac Newton se apoiaram na abiogênese para explicar a origem dos seres vivos.
Após o século XVIII, a abiogênese começou a ser questionada com maior ênfase, pois haviam pessoas que não acreditavam que os seres surgiram espontaneamente. Com os avanços da ciência, hipóteses puderem ser testadas e confirmadas, um exemplo disso, são os experimentos de Redi e Pasteur.
Após verificar contradições, entre os séculos XVII e XIX, cientistas como Francesco Redi, Louis Pasteur, dentre outros, apresentaram algumas teorias para comprovar a origem da vida. Essa teoria ficou conhecida como biogênese que comprovou que todos os seres vivos surgiram de outros já preexistentes.
O biólogo italiano Francesco Redi (1625-1697), no século XVII, percebeu que a teoria da abiogênese estava incorreta. Ele realizou a investigação de vermes que nasciam de alimentos podres e cadáveres.
Utilizando frascos para realizar o experimento, adicionou cadáveres de animal e pedaços de carne, alguns ele vedou com gaze e outros deixou aberto. No aberto, as moscas pousavam e surgiam larvas, já o que estava tampado ficou intacto. Isso mostrou que os vermes não nasciam desses elementos, mas de moscas que depositavam seus ovos no local. Assim não nasciam de matéria não viva, como dizia a abiogênese. A partir daí, concluiu-se que os seres vivos surgiam de outros seres vivos.
Em 1860, o cientista Louis Pasteur, apresentou um experimento que colocou em descrédito a teoria da abiogênese. Na época, a Academia Francesa de Ciências, estava oferecendo um prêmio para quem provasse a origem dos microorganismos.
Ele adicionou um caldo nutritivo em frascos de vidro com pescoço longo que foram curvados por ele logo depois, deixando-o no formato de pescoço de cisne, apenas com uma pequena entrada de ar.
Após isso, ele ferveu o caldo e deixou em repouso por alguns dias. Ele percebeu que não havia a presença de microorganismos. Mas, quando quebrou os gargalos, notou que rapidamente os microorganismos se instalaram nele.
No primeiro caso, o que impediu a entrada dos microorganismos no caldo foi a curvatura do gargalo, funcionando como um filtro devido as partículas que se instalaram nessa área, durante a fervura. Quando o gargalo foi quebrado, os microorganismos apareceram porque já estavam presentes no ar e não poderia nascer espontaneamente do líquido.
Mas, De Onde Viemos?
Após a comprovação da biogênese por meio de vários experimentos, outra dúvida surgiu: qual a origem dos primeiros seres vivos? Essa pergunta seria respondida mais tarde pelo biólogo inglês Thomas Huxley, e também pelos cientistas Oparin e Haldane.
Para responder a pergunta acima, surgiram teorias sobre a origem dos primeiros seres vivos: a Teoria da Panspermia Cósmica e a Teoria da Evolução Química. Mas, estas não entram em conflito, pois ambas confirmam que houve um processo de evolução molecular, além de condições ambientais favoráveis para o surgimento da vida na Terra.
Teoria que surgiu na Antiguidade, através do filósofo grego Anaxágoras, mas com um conceito diferente do que existe hoje. Depois, passou por outros pesquisadores até chegar aos cientistas William Thomson, Svante August Arrhenius e Jacob Berzelius que apontaram que o surgimento da vida ocorreu por meio de substâncias que vieram de outros planetas e chegaram à Terra através de meteoros e poeira cósmica.
Apesar de sofrer um certo preconceito por alguns cientistas, ganhou força no século XIX por Hermann von Helmhotz e depois deles, outros continuaram as pesquisas para obtenção de novas provas para a teoria, sendo criada outras linhas de pensamento como a Nova Panspermia e Panspermia Dirigida.
Teoria iniciada pelo biólogo Thomas Huxley e aprofundada posteriormente, em 1920 pelo bioquímico russo Aleksandr I. Oparin e o biólogo inglês John Burdon S. Haldane, defende que a vida surgiu por meio de uma evolução química. Compostos como hidrogênio, carbono, oxigênio, dentre outros, se combinaram e formaram moléculas orgânicas (aminoácidos, açúcares, etc.). Com o passar do tempo, essas moléculas se combinaram e formaram outras mais complexas (carboidratos, proteínas, etc.) e continuaram sua evolução até duplicar e formar os primeiros seres vivos. Essa formação foi possível, pois a Terra possuía condições favoráveis à vida. Além deles, cientistas como Stanley Miller e Harold C. Urey também se apoiaram nessa hipótese.
Uma das hipóteses mais aceitas é a de que os primeiros seres vivos eram autotróficos, aqueles que produzem alimentos sem precisar ingerí-los. Um exemplo disso, são as plantas, algas e bactérias; Ao invés de heterotróficos, incapazes de produzir alimento, sendo que precisam de outro ser vivo para sua nutrição, tais como animais, fungos, etc. Estes haviam passado por processos evolutivos de espécies preexistentes, que poderiam sofrer alterações com o passar do tempo.