Como surgiu o planeta Terra? Existem duas teorias para explicar a formação do planeta. A conhecida discordância entre a teoria criacionista e a evolutiva ainda rende discussão em todo mundo. O planeta surgiu há bilhões de anos e com isso, sofreu várias mudanças que deixaram marcas significativas na história do mundo. Para descobrir, a idade do planeta, é necessário realizar um cálculo a partir de rochas com elementos radioativos.
De acordo com a ciência, a evolução do planeta é resultado de aquecimentos, explosões, congelamentos e uma reunião de materiais, processo que durou bilhões de anos para fazê-lo ser o que é atualmente.
A primeira, a criacionista, crê em um ser superior responsável pela origem da vida. Para eles Deus fez todo o planeta, assim como as plantas e os corpos celestes. A Terra, segundo o criacionismo, teria entre 6 a 10 mil anos, sendo criada num período de 6 dias, segundo o livro de Gênesis, no capítulo 1 da Bíblia. Quanto às formações biológicas da Terra, acredita-se que tenha sido causada pelo dilúvio ocorrido nela, o qual teria destruído tudo, menos Noé, sua família e os animais que estavam dentro da arca.
A outra versão para a formação da Terra parte de uma possível explosão, muito potente, há 13 bilhões de anos, apelidada de Big Bang. Essa teoria foi proposta pelo físico George Gamow e o astrônomo Georges Lemaitre, ambos baseando-se na Teoria da Relatividade de Albert Einstein e de Melvin Slipher e Edwin P. Hubble, que observaram o afastamento da galáxia, uma das outras.
A grande explosão teria dado origem à matéria de todo o Universo. A Terra teria sido formada há, aproximadamente, 4,5 bilhões de anos, resultante de uma poeira e gases espaciais que sobraram da formação do Sol. Tendo seu início em estado de fusão, o tempo, e outros fatores, fizeram com que uma parte ficasse seca, separando essa porção da água. Essa porção seca da terra estava agrupada numa espécie de supercontinente, que mais tarde foi chamado de “Rodínia”. Depois, com separações e reagrupamentos de terra, foram formados outros “supercontinentes” chamados de Panótia e depois Pangeia.
Seguindo a teoria científica, no princípio, o planeta era composto por gás e poeira. Enormes meteoros e cometas contribuíram para seu aquecimento. Esse período foi chamado pelos cientistas por Hadeano, aproximadamente 4,5 bilhões de anos.
A partir da solidificação da Terra em torno das águas e da formação dos “supercontinentes”, foram divididas eras para organizar os períodos de grandes mudanças. São as chamadas Eras Geológicas, divididas dentro dos éons (grande intervalo de tempo) Hadeano, Arqueano, Proterozoico e Fanerozoico.
A escala de tempo geológico é uma linha do tempo que mostra os períodos que ocorreram desde a formação da Terra até os dias atuais. Mesmo devendo servir como base para os cientistas, há discordância entre nomes e datas de suas divisões. Confira um breve quadro sobre a escala de tempo geológico e seus principais eventos, baseada na Comissão Internacional sobre Estratigrafia:
O Éon Hadeano durou cerca de 700 milhões de anos. Após a grande explosão, o planeta estava fervendo, com rochas em ebulição e enxofre líquido; um verdadeiro mar com asteróides caindo, explosões de vulcões e a formação de grandes crateras.
À medida que o tempo foi passando, a atmosfera (principalmente constituída por amônia, hidrogênio, metano, vapor de água e monóxido de carbono) tornou-se quente, pesada e formada por poeira e cinzas, derivado de substâncias expelidas pelos vulcões. A superfície era tão quente que se uma rocha resfriasse e adquirisse forma, rapidamente, poderia ser atingida por um asteroide ou mesmo derretida por uma porção de lava.
Para a formação da Lua, há indícios de que um corpo celeste, do tamanho semelhante ao do planeta Marte tenha atingido a Terra e um pedaço grande de rocha desprendeu-se, ficando em órbita no planeta. Essa teoria, chamada de hipótese do grande impacto foi formulada na década de 1970.
A União Internacional das Ciências Geológicas não reconhece esse intervalo de tempo como um éon, incorporando-o ao Arqueano. Mas, é uma definição aceita por muitos autores.
O Éon Arqueano começou há 3,85 bilhões de anos. Ocorreu a formação da crosta terrestre, dos escudos cristalinos e de rochas magmáticas.
Nesse período, após os 700 milhões de anos no período Hadeano, a hipótese para a formação dos oceanos é que as rochas da superfície se esfriaram e grande parte do vapor de água presente no planeta se condensou e deu origem a um enorme oceano. A atmosfera já estava limpa, sendo constituída de vapor de água e nitrogênio. O dióxido de carbono transformou-se quimicamente e ficou alojado no fundo dos oceanos na forma de calcário.
Apesar da calmaria, a parte interna da Terra, estava em constante movimento, quente e cheia de erupções vulcânicas, que auxiliaram na formação de pequenas ilhas, com essa movimentação, essas ilhas se aglomeravam e formavam ilhas maiores. No oceano, bactérias e algas marinhas aumentavam, se associando ao dióxido de carbono e liberando oxigênio. Os fósseis encontrados nas rochas do éon arqueano são um dos mais antigos da Terra.
O Éon Proterozoico foi um dos períodos mais longos, que durou cerca de 2 bilhões de anos. Teve início por volta de 2,5 bilhões de anos e terminou há 550 milhões de anos.
Depois das formações das ilhas iniciadas no éon arqueano, o supercontinente foi formado, resultando na divisão de dois continentes que se movimentaram para lados opostos. Houve a diminuição dos vulcões ativos. Apesar disso, o magma existente no interior da Terra foi expelido para o exterior e causou a formação de muitos metais como, por exemplo, o manganês. No oceano, encontravam-se os seres unicelulares e logo depois surgiram os primeiros seres multicelulares. Fósseis com organismos unicelulares são datados dessa época.
Além disso, com uma quantidade maior de algas e bactérias que consumiram dióxido de carbono, foi liberado o oxigênio, um gás poluente, que combinado com outros elementos e o ferro deu origem a enormes depósitos minerais. Esse elemento causou a morte das bactérias anaeróbicas, que não conseguiram sobreviver no ambiente.
Esse éon está dividido em três eras (paleozoico, mesozoico e cenozoico), que estão subdivididas em períodos distintos.
Era Paleozoica, que durou entre 542 e 251 milhões de anos, foi a era em que houve os dois extremos do desenvolvimento da vida no planeta: no início houve a chamada explosão Cambriana, que foi o crescimento e a diversificação de várias espécies de animais. Já no final houve uma severa extinção da vida animal, sendo a causa dessa extinção ainda desconhecidas. Assim como os animais, as plantas também tiveram um grande desenvolvimento nesse período. Espécies como o tubarão e a aranha surgiram nessa época.
Já a Era Mesozoica, aproximadamente 251 a 65 milhões de anos, foi a época do surgimento dos dinossauros (no período jurássico dessa fase) e também divisão da Pangea em dois continentes: a Laurásia e a Gondwana.
Outros pequenos animais e também mamíferos nasceram nessa época, assim como árvores mais altas.
Porém, na mesma Era Mesozoica, os dinossauros, que tinham domínio da Terra, foram extintos por uma causa ainda desconhecida. Entre as teorias mais aceitas está a de que a colisão de um cometa com a Terra tenha sido a causadora desse evento. Com isso os mamíferos “herdaram” as condições de dominantes da terra.
Por fim, a Era Cenozoica teve início há cerca de 65 milhões e dura até hoje. É um período marcado pelas mudanças na crosta terrestre, dando origem, inclusive, a cadeias de montanhas, como a Cordilheira dos Andes, os Alpes e o Himalaia. Também, foi nessa era que ocorreu um período de grande glaciação, chamada de Idade do Gelo.
Também houve a formação dos continentes como estão hoje, as divisões de oceanos e o nascimento da espécie humana. Outros mamíferos e primatas também tiveram início na Era Cenozoica.