Até certo tempo, haviam pessoas que acreditavam que não havia nada no interior da Terra, mas apenas rochas comuns. Com o passar dos anos, constatou-se que toda a estrutura da Terra, incluindo o seu interior, é repleta de elementos químicos e temperaturas que variam de acordo com o nível atingido em determinada profundidade até o centro, o núcleo (mais de 6.000 km de profundidade). Essas altas temperaturas podem ter sido geradas desde a formação inicial do planeta e continuam pela existência de elementos radioativos. Assim, para que houvesse um melhor entendimento sobre o assunto, foi criada uma divisão científica das camadas da Terra.
O planeta é composto por três camadas principais: crosta terrestre (litosfera), manto e núcleo. Além delas existem também descontinuidades (áreas que separam uma camada da outra), dentre elas estão a Descontinuidade de Mohorovicic (entre a crosta e o manto) e a Descontinuidade de Gutemberg (entre o manto e o núcleo). Os limites das camadas são estudados pela sismologia.
Apesar do ser humano nunca ter visitado o interior da Terra, conseguiu reproduzir essas camadas através de estudos e análises de ondas sísmicas que são captadas por um instrumento chamado de sismógrafo, o material expelido em erupções vulcânica e análise de fósseis.
Fonte: CPRM
Sendo a primeira, é a camada externa que circula a terra. Ela é sólida e considerada a mais fina, se comparada ao volume total do planeta. É formada por rochas, minerais e um solo com vários níveis. Possui uma espessura de cerca de 72 km, na região dos continentes (chamada de crosta continental), com um estrutura formada por silício e alumínio; e aproximadamente 8 km, abaixo dos oceanos (chamada de crosta oceânica) e formada por silício e magnésio.
Dentre as rochas que compõem essa camada estão rochas magmáticas (rochas ígneas), que são formadas pela solidificação do magma; rochas sedimentares, que surgem por meio da consolidação de partículas de rochas erodidas (sedimentos) e rochas metamórficas, formadas a partir da transformação química de outras rochas.
É importante ressaltar que a crosta terrestre está em transformação, devido as ações que acontecem no interior do planeta. Além disso, ela é composta por muitos blocos chamados de placas tectônicas. Essas placas flutuam sobre o manto, acima da camada conhecida por astenosfera (zona do manto externo). Devido a pressão que elas sofrem do magma, localizado em câmaras, presentes no interior da crosta terrestre, elas se movimentam na superfície causando mudanças consideráveis no relevo de determinado local. Não são somente as placas que podem alterar a paisagem terrestre, mas também a ação da água, dos ventos, dos seres vivos e de outros processos naturais.
Separado da crosta por uma fina camada chamada de descontinuidade de Mohorovicic (Moho), nome usado em homenagem ao cientista Andrija Mohorovicic que fez a descoberta em 1910, o manto é a maior camada da Terra, constituída por vários tipos de rochas formadas principalmente por silicato de ferro e magnésio, que se derretem à medida que a profundidade aumenta. As temperaturas presentes nessa camada podem chegar a até 2.000 ºC.
O manto terrestre está dividido em duas partes, o primeiro é o manto superior composto por uma material de consistência pastosa. O segundo é manto interno, composto por um material mais líquido e quente. O manto é capaz de exercer uma pressão elevada sobre a crosta, sendo capaz de movimentar as placas tectônicas e provocar erupções ou fendas vulcânicas.
O núcleo é a camada mais profunda da Terra e também a mais quente, com temperaturas que variam de 3.000 a 5.000 ºC. Ele possui cerca de ⅓ de toda a massa do planeta. Afirma-se que ele é uma bola no estado sólido envolto por uma camada liquida.
A parte sólida, também chamada de núcleo interno, provavelmente é formada por níquel e ferro. Sendo tão quente que sua temperatura pode estar próxima da superfície do Sol. As altas pressões fazem com que fique reunido em um estado sólido. Estudos realizados por meio de ondas sísmicas, constatam que o núcleo interno gira a uma velocidade acima da rotação da Terra. Já a parte líquida ou núcleo externo é composta por ferro metálico e outros elementos químicos e possuem uma velocidade sísmica de rotação um pouco menor do que o núcleo interno. Os cientistas afirmam que essa rotação produz uma corrente elétrica, fato que poderia explicar o magnetismo terrestre.
O estudo do núcleo da Terra é fundamental para o conhecimento de áreas que estudam o interior terrestre e de locais que nunca foram penetrados pelo ser humano de forma direta. Além disso, o estudo auxilia no entendimento sobre o campo magnético da Terra e o surgimento de terremotos.
A litosfera também pode ser considerada uma camada externa, pois é representada pela superfície, a área que todos os seres vivos habitam. A reunião de todas essas camadas essenciais para a manutenção da vida é chamada de biosfera. A biosfera é composta por: